E se o seu repertório falasse por você ?

Olá Pessoal!
Vocês já sabem que estou me formando em publicidade. Certo ?
Por isso, o texto de hoje fala da importância do repertório na vida de um Publicitário. ( não estou dizendo que só o Publicitário precisa ter um repertório. Okay? Afinal, todos nós sabemos que o repertório é importante até na hora de tirar uma selfie.
Hoje resolvi focar na parte musical, mas já estou pensando em criar um texto baseado no meu gosto cinematográfico também.

Não esqueça de deixar seu comentário , e , se você gostar, curta e compartilhe para os seus amigos.

Thalita Oliveira- Poses & Afins

O ser publicitário é uma peça de teatro que permite ensaios.

Permite! Permite vários. Deixa alongar prazos, desapego de ideias e concede visitas, talvez nem sempre diárias, da musa inspiração.

É tirar da cartola muito mais que um coelho

É bater o pé e dizer que as rosas falam, e falam demais.

É não aceitar calado que um nasce pra sofrer enquanto outro ri

E já sair correndo em busca da felicidade.

Mas por outro lado, é ser destemido a ponto de pedir pra quem inventou a tristeza, que não a desinvente. Porque convenhamos, se ela for embora, a alma não vai chorar, e alma quando chora escreve umas coisas tão bonitas...

É ter ousadia e dizer ao Fagner: - Não quero ser peixe!

- Quero ser tubarão!

-Mas tubarão vive sozinho.

- E daí? Zé Ramalho não desceu da solidão, conseguiu espalhar coisas sobre um chão de giz e ainda jogou pano de guardar confetes?

É mostrar ao pessoal de casa que não precisa do silêncio da noite pra ficar se imaginando com seu par romântico, porque se o chefe pedir, temos que fazer o amor brotar, nem que seja debaixo do lado esquerdo do bigode de Hitler.

É entender que caminhar contra o vento sem lenço e documento, só é permitido até o momento em que seu novo job seja, uma campanha de acessórios de inverno.

O ser publicitário pode ser leve como o som de Pixinguinha

Ou pesado, como o som dos garotos de AC/DC.

É não rezar a novena de Dona Canô e ainda assim, não ser descartado por Maria Bethânia.

É não amar a elegância sutil de Bobo e decidir ser recôncavo e reconvexo ao mesmo tempo.

E por falar em Bahia, ser publicitário é entender que a menina não precisa dançar para que dentro da menina a menina dance. É entender de uma vez por todas que talvez Tio Sam não queira de fato conhecer nossa batucada.

O ser publicitário é ter que pensar que nem todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite e que a humanidade trocou os passos de formiga por caranguejo, faz tempo.

O ser publicitário é reconhecer que não só Amélia, mas Ana, Maria e Joana também são mulheres de verdade.

Ser publicitário é não ser indeciso igual Noel Rosa na hora de escolher com que roupa vai.

Ser publicitário é decisão, é escolha.

Escolhi a publicidade por que...

Ou foi ela quem me escolheu?

Agora, se tem um paradigma, meus caros ouvintes, que não ouso em hipótese alguma desconstruir

É o do meu compadre Milton, de que os sonhos não envelhecem. Caminho alguns passos, sento na esquina, abro grande o peito, num grito assoprado e abafado, porque estes, não envelhecem mesmo.

E pasmem, sintam-se a vontade para pensar o que quiserem.

Até porque, como já disse um conterrâneo meu: “Pão ou pães é questão de opiniães”

Ah! E quanto ao repertório, o doutorsinho de ordem obrigatória pra se permitir viver e reviver nesse universo da comunicação, se o senhor ainda carecer de me indagar se tenho, peço que leia essa escrita novamente, prestando atenção nas sutis pistas das entrelinhas.

                           

                                                Thalita de Oliveira Freire

Beijinhos e até o próximo post! ♥